O ano de 2020 foi marcado por mudança no comportamento das pessoas que passaram a se preocupar mais com a saúde e o bem-estar.
O principal motivo deve-se a pandemia do novo Corona vírus que há um ano afeta a população mundial.
Dessa maneira, tais mudanças refletiram em um vasto crescimento na abertura de farmácias e drogarias de todo país, que registraram aumento na liquidez e expansão de investimentos.
Pelo menos é o que revela pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma).
Projeção de Crescimento
Porém, mesmo assim a Projeção de crescimento permanece positiva com expectativa entre inaugurações e fechamentos, de cerca de 900 unidades em todo Brasil, maior volume desde 2018.
Ainda de acordo com a Abrafarma, em 2020, existiam cerca de 8,3 mil lojas das redes associadas. Para 2021 esse número deve, então, chegar a 9,2 mil
O ano de 2021 nos exige maior atenção ainda em dois outros aspectos: o político e o econômico.
Por isso, o Brasil aguarda as reformas tributária, administrativa e a aprovação de leis que podem ser determinantes na recuperação econômica e propiciar uma agenda de retomada de investimentos em infraestrutura
Para o varejo farma, a ausência de tais reformas podem significar maior motivo de preocupação do que a própria segunda onda da Covid-19, pois efeitos prolongados de crescimento da taxa de desemprego e perda do poder aquisitivo do brasileiro podem frustrar os planos de uma taxa de crescimento do setor mais vigorosa, já que mesmo um segmento tão resiliente dificilmente resistiria a uma recessão econômica.
Portanto, com o que temos de nos preocupar em 2021?
- Possibilidade de uma segunda onda da Covid-19 no Brasil acompanhada de escassez de matérias-primas, insumos e embalagens que afetem o setor farmacêutico, assim como já afetou e vem afetando outros mercados.
- Ausência das reformas tributária e administrativa, além do programa de privatizações.
Por isso, diante deste cenário, como os empresários do segmento farma devem se preparar para 2021?
- Fortalecimento do capital de giro e elaboração de sua projeção de fluxo de caixa para no mínimo 12 meses
- Elevação do índice de estocagem da farmácia, com aumento do chamado estoque ideal. Esse investimento precisa ser feito sempre respeitando o capital da empresa – e sem exageros. Recalibrar o estoque regulador da empresa e intensificar o monitoramento da Curva ABC. Em suma, será preciso manter estoque para maior quantidade de dias.
- Teremos em 2021 certamente uma evolução no modelo de prestação de serviços farmacêuticos. Será um ano de consolidação e crescimento, no qual as atenções do mercado estarão voltadas para a rentabilização do negócio com oferta de telemedicina, já anunciada por algumas redes.
- Portanto, não é preciso ser mágico para prever que os investimentos em plataformas digitais, como aplicativos, redes sociais, e-commerce e soluções de logística continuarão a ser objeto de atenção por parte das empresas.
- O mercado está de olho na diversificação do mix de produtos e investimento maciço em suplementos alimentares. Enfim, produtos que fortalecem o sistema imunológico e que, neste momento, gozam de grande apelo mercadológico.
- Investimentos em abertura de novas lojas irão mirar bairros periféricos de grandes cidades e cidades de menor porte, que antes não estavam no radar.
Enfim, o ano de 2021 acena para o melhor que as previsões podem nos dar, mas nos exige cuidado e atenção ao cenário político e econômico. Já dizia o velho ditado:
“Espere o melhor, prepare-se para o pior e aceite o que vier”
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Fontes: ABC Farma e Pharma Innovation